quinta-feira, 25 de abril de 2019

SISTEMA DE INCENTIVO ESTADUAL Á CULTURA, MAIS UMA VEZ


               O SIEC – Sistema de Incentivo Estadual a Cultura, está pela primeira vez sob o foco  do Ministério Público Estadual. São recomendações quanto ao seu funcionamento, apenas recomendações. Para tanto vai haver uma audiência pública. Defendemos o SIEC incondicionalmente. É um meio de incentivo á produção, fruição e difusão da cultura piauiense. A Lei em si é democrática.
              Não é de pouco tempo que produtores e artistas vem alertando para o aprimoramento dos mecanismos da Lei. Por exemplo, na lei não existe lançamento de edital, portanto, seria aberta de janeiro ao final do exercício fiscal. No entanto, todo ano é lançado o edital da lei gerando, dessa forma, descontentamento. Caso do Ministério Público agora que reclamou do exíguo prazo de abertura do edital, sete dias apenas, convenhamos.
              Das várias discussões sobre a lei em seminários, mesas redondas,  fóruns, palestras e outros tiramos algumas recomendações que achamos salutar colocar para o debate como parâmetros para uma boa gestão da Lei. Poderia se colocar como critérios de avaliação de projetos, os seguintes itens: Ineditismo e inovação; Qualidade técnica e/ou artística da equipe/produção e currículos dos principais participantes do Projeto; Referência do produto cultural, pesquisa e investigação técnica da manifestação original; Atendimento aos interesses da comunidade e/ou desenvolvimento que promova a acessibilidade e a formação de plateia, bem como o fortalecimento da cultura piauiense; Formação ou aperfeiçoamento profissional; Viabilidade físico-financeira e condição de sustentabilidade do projeto; Democratização do projeto para atrair o maior número de beneficiados; Projeto com atrações nacionais, obrigatoriedade de 50% de artistas locais; Dois anos comprovados para pessoa jurídica, com  cnpj de atividade cultural; Projetos do interior realizado, preferencialmente, no interior com domicilio do empreendedor no interior.
            Como sugestões para a seleção dos projetos, temos: Clareza e objetividade na apresentação dos projetos; compatibilidade e viabilidade técnica, financeira e operacional; Estratégias de sustentabilidade; Estratégias de divulgação do Projeto; Relevância para o cenário local e potencial transformador.
            São recomendações simples de produtores e artistas, que poderiam ser colocadas de forma transparentes. Com certeza daria maior segurança aos empreendedores culturais. O que certamente não dá é a continuação do que todos  costumam chamar de rateio do dinheiro. Até compreendemos a intenção de contemplar o maior número de projetos. Agora torna-se tremendamente prejudicial o corte de 30, 40 e até 50% do orçamento de um projeto. Vamos pensar que se esse projeto for realizado  será, certamente, mal feito e mal produzido pelos e, seguramente, prejudicial ao pleno desenvolvimento da cultura. 





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