quinta-feira, 22 de junho de 2023

MAIS UMA VEZ SOBRE A TRAGÉDIA

                  A tragédia aqui discutida é sobre o prisma da dramaturgia, melhor dizendo, da tragédia grega. O que preconiza, e ai mais ou menos, o filosofo Aristóteles no seu livro Poética. 

               Quando falamos que uma morte de transito, um acidente de morte não se configura como uma tragédia, é que a tragédia é construída em um espaço de tempo, e a premissa é conhecida por todos. Como exemplo, podemos citar a tragédia Édipo Rei, de Sofocles. O oráculo diz que Édipo vai matar o pai e casar com a mãe. Esse destino do herói é imutável, o que vamos conhecer no percurso do herói é como se darão esses fatos. Ai se instala a tragédia.

                 Dessa forma, fica caracterizado que a tragédia é uma construção do destino. Alguém cheio de saúde que, de repente, descobri um câncer seria uma tragédia? No aspecto da descrição, sim. O câncer poderia ser de familia, portanto, quase imutável, sem jeito. Depois essa pessoa não morreria de uma hora para outra. seu sofrimento para se tratar, sem corpo, outrora cheio de saindo, se desvanecendo com o tempo, e a doença incurável, se configuraria como uma tragédia.

                É interessante que a tragédia moderna se dar de várias formas. Temas na modernidade é o que não falta. E, muitas vezes, a realidade é tão mais cruel do que a ficção. Quantas coisas trágicas abarrotam o mundo? São milhares de imigrantes morrendo em alto mar dentro de barcos abarrotados, tragédia anunciadas. Pois ninguém vai acreditar que todo aquele contigente de pessoas vai escapar do ma em fúria. O que se espera é de como as mortes vão acontecer e,pior, sem ninguém fazer nada.

               Jesus na sua infinita bondade não quis escapar da cruz, mas poderia não ter acerto o destino traçado pelo pai. Portanto, podemos falar não em tragédia da paixão de cristo, mas no drama e no sofrimento de Jesus.