terça-feira, 17 de maio de 2022

LINCENCIATURA EM TEATRO NA UESPI

                Aconteceu no último dia 14 de maio, no Auditório do Colégio Antonino Freire, o Seminário em Teatro da Universidade Estadual do Piauí- Uespi, encabeçado pelo Grupo de Teatro da instituição. O Seminário teve como objetivo principal discutir a implantação de um Curso Superior de Teatro na Universidade estadual.

                A trajetória para se chegar a esse Seminário foi longa e árdua. Uma verdadeira saga que remonta a uns 20 anos atrás. Nesse espaço de tempo houve avanços e retrocessos. Já em 2005 foi feito o Seminário - Teatro e Profissionalização. Uma realização do Sindicato dos Artistas, quando éramos presidente. Ao seminário compareceu o professor Arão Paranaguá, autor de livro sobre o processo de implantação de graduação superior pelo Brasil. Depois houve a criação da Escola Técnica Estadual de Teatro Gomes Campos, a nível médio, no ano de 2007. 

               Sem nunca perder o foco da questão, a criação de um curso superior de teatro no Piauí, um grupo de artistas e produtores continuaram na luta. É simplesmente impossível que o Piauí seja um dos únicos estados do país a não ter uma graduação superior em artes cênicas. Em 2016 houve uma tentativa de diálogo na Universidade Federal do Piauí, com artistas e reitoria se encontrando para discutir o assunto. Não houve avanços naquela instituição. Enquanto isso, já corria na Universidade Estadual do Piauí desde 2012 uma discussão interna sobre a criação do curso, encabeçada pela professora Hercilene, daquela instituição. Infelizmente a professora Hercilene nos deixou.

              O projeto na Uespi avançou. Quando foi em 2017, um grupo de artistas, entre os quais Aci Campelo, Lari Sales, Adriano Abreu, Claudia Amorim, Augusto Neto, com a presença do então Secretario Estadual de Cultura, Deputado Fábio Novo, entregaram um esboço do Plano de Curso da graduação ao reitor Nouga. No entanto, parou novamente.

                  Em 2021, foi retomada a discussão. Agora em outra dimensão. a Universidade Estadual constituiu uma Comissão formada por pessoas da sociedade civil e professores do orgão. Da sociedade civil, participaram Aci Campelo, Arão Paranaguá, Augusto Neto e Moisés Chaves. Dos professores da Uespi constavam Luciano melo, Fifi Bezerra, professora Val, professora Estela, professor Dutra. A coordenação da Comissão foi entregue ao professor Kácio, daquela instituição.

                No dia 14 de maio, portanto, culminou com a discussão desse projeto. Todas as forças do momento se convergem para a abertura do curso de graduação em teatro na Uespi. Para isso, convergem o Centro de Comunicação e Artes da Uespi, a atuação fantástica do Grupo de Teatro da Uespi e a classe artistica engajada nesse processo.

                    O curso de Graduação em Teatro no estado do Piauí é urgente, e se faz necessário! um grand passo foi dado. Continuaremos na luta!

   

quarta-feira, 4 de maio de 2022

TEMPO DE LEMBRAR- A MÇADA E OS APELIDOS - FIM

                 Terminado o Curso Ginasial continue o cientifico no Colégio Estadual Helvidio Nunes, muitos amigos da turma continuavam comigo, com poucas mudanças. Tinha o Sargento Sardinha e o Tonton, a Rita Pavone também continuava. O Passo Lento e outros. Já tínhamos entrado o ano de 1972. Nossos interesses se diversificavam, mas os apelidos continuavam para o deleite de muitos.

                Naquele ano eu também ganhei um apelido. Claro, que nem todos os amigos no Colégio me chamavam por ele. Eu era o BD. Esse apelido veio do meu gosto exagerado pelo cantor Bob Dylan. Ainda bem que não era Bob, pois apesar de gostar de Bob Dylan, detestava esse nome de Bob. Realmente desde a primeira que eu ouvi Bob Dylan e sua voz rouca nunca mais deixei de admirar o cantor. Um fã inveterado.Mas meu apelido não prosperou, morreu no Colégio e com a turma. 

                    Dos novos amigos do Curso Cientifico lembro do Casaco. Chegava no Colégio sempre com um casaco por cima da camisa, fosse de jeans ou de caqui; Tinha o Botinha, esse morava ali na vila do exercito, no bairro Marques. Usava sapatos meio bota ou a própria bota. As vezes era olhada de viés pelo direto Agnaldo Silveira; Tinha o Morou. Era engraçado por que tudo que ele dizia no final sapecava - Morou? Não teve outra. Era o Morou; Tinha o Pisca-pisca, por razões obvias. Piscava os olhos a cada segundo; Tinha o Ligeirinho. esse apelido foi botado no meu amigo por que tudo que ele ia fazer era rápido, aperreado. Na educação fisica, o professor botava a gente pra correr do Colégio ao aeroporto, lá pelas seis hora da manhã. Quando ele procurava o ligeirinho no aeroporto ele já estava a caminho do colégio na disparada. 

                  Quase toda a turma do cientifico sai junto também. Eram festinhas, aniversários e passeios. Foi o tempo também de muitas descobertas, quando a gente ainda não tinha descoberto as males da ditadura militar, apenas ouviamos falar coisas terriveis, mas fazer o que? Estavamos descobrindo os namoros, as transas, o alcool e alguma coisa mais, que embalavam a vida. Ainda lembro do Pirata, que só bebia coca-cola com rum, a famosa cuba-livre; Tinha a Tirinha, uma menina que usava cabelo amarrado com fita; A Calcinha Branca. esse apelido foi gerado por um dia ela foi descer da bicicleta do Tonton, com quem paquerava, e rasgou as calcihas. A calcinha branca e nós vimos. Uma graça!E ainda tinha a Biquinho. a Biquinho era uma menina linda, e todos nós,  os amigos da turma tínhamos uma certa paixão por ela. Mas ela fazia biquinho com a boca pra todos nós. Uma beleza!

               Muitos daqueles amigos ainda  estão por aí. Não mais com aqueles apelidos.Mas na certeza que foram bons tempos!