segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

O CINE - REX E A CONFRARIA DOS ASSASSINOS - PARTE CINCO

                                                                                Para Valderi Duarte


             O Leãozinho, tomado por ansiedade, fez tudo como estava escrito no papel entregue a ele pelo homem número um do capitão Cardoso, o soldado Costa Manso. Passou dois finais de semana estudando todos os passos do dito prefeito que tinha de matar. Ficou sabendo, nos minimos detalhes, como o homem passava seu tempo na capital. E, sabedor desses detalhes, já tinha criado raiva suficiente para apagar o homem. Como era que um prefeito de uma cidadezinha tão pobre do interior podia gastar tanto dinheiro em restaurantes caros, bebidas e mulheres? Desgraçado! Pensava Marquinho Lio. Não que tivesse nada contra gastar dinheiro com farras e mulheres. Eram apenas pensamentos. 

            Na terceira semana, um sabado quase a meia noite, Marquinho Lio cumpriu a tarefa. Foram quatro tiros á queima roupa no prefeito. O tiro de misericórdia foi na cabeça, com o homem ainda estribuchando no chão. Depois foi só pegar a Avenida Nossa Senhora de Fátima, em sua moto, e se homiziar no endereço combinado. Ficaria no local por uma semana, já sobre a proteção do Capitão Cardoso.

           O fato do assassinato do prefeito, em plena saída de um restaurante chique da zona leste da cidade, amanheceu nos noticiários da rádios e chocou a capital. Mesmo sem prova nenhuma, a policia já debitava a morte  na conta do crime organizado, pois tudo seguia o mesmo padrão de assassinatos de prefeitos do interior do Estado, nos últimos anos. A única diferença fora a ousadia do assassino, matando o prefeito em um restaurante frequentado pela elite da capital. Até o governador do estado se pronunciar, repudiando o ato. Um espanto!

           Uma semana depois do assassinato do prefeito, Marquinho Lio fori resgatado do esconderijo de onde estava, e levado pelos homens do Capitão cardoso, para um sitio na zona rural da capital. O sitio era de propriedade do próprio Capitão Cardoso, e servia para encontros da organização criminosa e de comemorações festivas do grupo. A recepção foi calorosa para o mais novo membro da organização criminosa. Bebidas e comidas finas, e meninas bonitas não faltavam para o Leãozinho e os demais convidados.

       - Sabia que já estava de olho na tua coragem, Marquinho - Dizia o Capitão, todo ouvido e admirado por Marquinho Lio. 

       - Admiro muito o Capitão. Sempre admirei. 

      - E vai se dar muito bem comigo, prometo. Basta não mijar fora  do caco - E finalizou o Capitão Cardoso - A festa é sua, aproveite!