quinta-feira, 21 de abril de 2022

TEMPO DE LEMBRAR - A MOÇADA E OS APELIDOS - 1

           Corria o ano de 1969, eu entrava em novo ciclo de vida. Começava a estudar o Curso Ginasial no Colégio Estadual Helvidio Nunes, cuja farda era de uma amarelo forte, logo apelidado de abóbora. Estudei o ginasila e o cientifico naquele Colégio da Zona Norte de Teresina. Nas descobertas da vida escolar participava ativamente das atividades do Colégio e do seu grêmio estudantil. Alias cheguei a ser vice-presidente do grêmio. Umas das coisas que a moçada gostava de colocar nos outros era apelido.

             Nunca tive um apelido no Colégio. Tentaram, mas não conseguiram. Acho que era por causa da minha pessoa, um tanto inapelidável. Tempos depois tive sim, um apelido, mas só entre os amigos intímos. Coisa pra contar depois. Os apelidos era ótimos! E não tinha esse negocio de bullyng, era chamado na cara do sujeito, por mais feio que fosse o apelido. Alguns até pegavam bem, outros eram uma desgraça. Bem, tinha o Lasquinha. Lasquinha não sei porque; Tinha o Mijado. Esse era por que ao entrar no mictório já ia correndo, e as vezes, não dava tempo, se mijava; Tinha o Peido Fino, uma graça. Faltava era apitar quando peidava; Tinha o Passo Lento, por questões obvias. Tinha o Sargento Sardinha e o Tonton, tonton mesmo com final n. Acho que os dois apelidos saídos das revistas em quadrinhos. Tinha o Vem Cá, tudo que ia dizer começava por vem cá; Tinha o Crosta Terrestre. Esse foi pela pergunta insistente á professora de geografia. Professora, o que é crosta terrestre?

             As meninas também tinham apelido. E terríveis por que colocados pelos meninos e, muitas vezes, só eles que sabiam de quem se tratava. Sabe a Boca de Fossa? Meu Deus! Tinha a Priquitinha; a Leitinha. essa por que disse que mamou até aos três anos. Tinha a Pavone. esse apelido foi tirado do carro de policia daquela época que se chamava Rita Pavone. Bem, esses foram só alguns apelidos. Depois tem mais. Aqueles da turminha que só saia junta. Um espanto! Mas como era bom.

terça-feira, 5 de abril de 2022

A HISTÓRIA DA FOTO - 5

                      No final do ano de 1996, o Museu do Piauí - Casa de Odilon Nunes, em Teresina, sob a direção de Francisca Mendes, fez uma grande exposição  sobre a Batalha do Jenipapo, com desenhos do artista plástico Joselito Pereira. A exposição tinha o apoio da Associação dos Amigos do Museu do Piauí, da qual eu era presidente naquele período, e foi direcionada aos estudantes com enorme repercussão.. 

                       Foi então que planejamos uma encenação teatral  O Julgamento de Fidié. Fiz o roteiro e a produção ficou com a atriz Carmem Carvalho e o próprio Museu. Para interpretar o Comandante das armas do Piauí, Fidié, convidamos o ator Kleiton Marinho; como promotor atuou o professor Fonseca Neto;como advogado de acusação o professor Bernardo e eu atuando como juiz. Fo um sucesso.

                          Era presidente da então Fundação Cultural do Piauí - Fundac, a doutora Lourdes Rufino. Doutora Lurdes ficou sensibilizada com a história da Batalha do Jenipapo e sua repercussão. Fomos, então, convidado por ela para escrever um texto, de forma didática e acessivel, aos estudantes da rede pública de ensino do Piauí sobre a Batalha do Jenipapo. Logo no inicio do ano de 1997 partimos para a ação. O poeta e escritor Chico Castro ficou responsável pela pesquisa histórica. Em fevereiro daquele ano começaram os ensaios do espetáculo a Batalha do Jenipapo, com direção de Arimatan Martins e sonoplastia de José Dantaas, com mais de 120 participantes entre atores, figurantes e técnicos. Toda a produção foi da Fundac, tendo a Atriz Carmem Carvalho a frente.

                           O espetáculo A Batalha do Jenipapo apresentou-se initerruptamente no monumento dos Heróis do Jenipapo, na cidade de Campo Maior, no dia 13 de março,  por 16 anos, levando milhares de pessoas ao monumento do Jenipapo.. Entra a versão do ator e dramaturgo Franklin Pires, transformando-o em um musical. Da nossa parte foi dever cumprido. Fizemos um texto a pedido para servir para estudantes, e dessa forma foi feito. O interessante é que a pesquisa que serviu como norteamento para o texto de autoria de Chico Castro foi transformada em livro a Guera do Jenipapo, lançado pela FTD uma editora nacional. Pequeno livro, mas esclarecedor.

                               O espetáculo A Batalha do Jenipapo é um marco do teatro piauiense.