sexta-feira, 30 de abril de 2021

A LEI A. TITO FILHO E A HISTÓRIA DA FOTO NO JORNAL


 

                          Entrava o ano de 1993, eu era diretor da Fundação Cultural Monsenhor Chaves, da Prefeitura de Teresina, na gestão do então prefeito Wall Ferraz. O Cargo er de diretor do Departamento de Arte, hoje seria Gerente de Ação Cultural. Professor Wall quase toda sexta-feira passava na Fundação, dirigida por dona Eugênia Ferraz, saber das novidades. Numa dessas visitas lhe apresentei um folder  da Lei Rubem Braga, do Estado do Paraná, de isenção do ISS municipal para a cultura. Conversamos muito sobre o fato.

                        Naquele ano, em um evento de comemorações dos 75 anos da  Academia Piauiense de Letras o público foi surpreendido pelo prefeito com o anuncio de que iria criar o Projeto Cultural A. Tito Filho, ou  seja a Lei A. Tito Fillho, de incentivo a cultura do município de Teresina. Tudo foi rápido, Projeto, Câmara Municipal de Teresina, discussões e aprovação. Eu mesmo, apesar do preparo para discutir a Lei, pois conhecia ela em loco, lá em Curitiba, foi surpreendido pela rapidez e a decisão do prefeito. Mas arregaçamos as mangas.

                     No dia 24 de março, de 1993, a foto e a noticia estavam estampadas nas páginas do Jornal o Dia, com uma longa entrevista da competente jornalista Kelma Gallas. O Projeto Cultural Professor A. Tito Filho, Lei A. Tito Filho seria sancionada no Palácio da Cidade, numa cerimônia concorridíssima, tanto do ponto de vista político como artístico. Acontece que eu cheguei no Palácio da Cidade e ainda não tinha visto o jornal.

                    Ao chegar fui chamado a sala do prefeito. Professor Wall Ferraz puxou o jornal e me mostrou. Fiquei sem fala. A entrevista tinha sido dado a umas duas semanas, no entanto, jamais pensaria que fosse sair exatamente nesse dia. Explique tudo ao prefeito, que discutia a palavra paterrnalismo. Ficamos conversando sobre isso e eu disse a ele que aquilo tinha sido por conta da jornalista. E realmente era, pois na entrevista não estava citada essa palavra da minha parte. Ele entendeu, e continuou a conversar comigo sobre a implantação da lei. Ninguém entendia por que tanta conversa comigo. Professor  Wall tinha um grande respeito comigo, e eu o admirava. Sua orientação foi que a FCMC implantasse a lei o mais rápido possível, ajudando artistas e produtores culturais. E assim fizemos, enquanto lá permanecemos.