domingo, 3 de agosto de 2014

PONTO PARA A DANÇA


       Participamos de mesa redonda, no dia primeiro último, do Forum Minuto Para a Dança, uma realização da Cia. Luzia Amélia e do pessoal da dança, onde estavam Lary Sales, Luzia Amélia e Jairo Araújo. Foi um momento interessantíssimo, onde se propôs, e já saiu quase concretizado, a criação da Câmara  Setorial de Dança do Estado. Uma demonstração de organização e amadurecimento.  Ponto para a dança.
      Sabemos que é um ponto dos mais significativo a criação do Setorial de Dança, mas sabemos, também, que a luta começa a se aprofundar agora. Em primeiro lugar, o pessoal de dança acaba com aquela impressão que é quase um lugar comum de que são  desunidos e, com isso, também, acaba com um dos velhos  argumentos de opressão dos orgãos oficiais de cultura, que sempre alegam a desunião da classe artística para jogar contra. Por outro lado, é um instrumento importante de pressão e vai, com absoluta certeza, forçar tanto a Fundação Cultural Monsenhor Chaves como a Fundação Cultural do Piauí a rever a estrutura de seus arcaicos Conselhos, pois não se admite mais dois orgãos que trabalham para dimensionar a cultura tanto a nível municipal como a nível estadual, manter Conselhos totalmente fora do que preconiza as diretrizes da política de cultura nacionalç.
     Quando colocamos que a luta começa a se afunilar agora, com a criação dos Setoriais, tanto de dança como de teatro - que o Sated-PI vai concretizar - é por que precisa-se ser bastante claro que o Setorial é apenas mais um instrumento da classe, claro, dos mais valorosos, mas isso de nada vai importar se a organização e a união de cada setor não prevalecer na hora da pressão, na hora da reivindicação e da defesa daquilo que realmente importa para cada setor.
      Por outro lado, os orgãos públicos de cultura do Municipio e do Estado, que em tese seriam para investir e difundir as políticas públicas de cultura vão ter que mudar o discurso e, no mínimo, tentar acompanhar a evolução dos fatos. Chega de tanta improvisação e de tanto miserê cultural. De uma coisa temos certeza, com a organização e a união da classe artística, acaba-se um velho argumento que parece uma coisa do imaginário popular - a de que os artistas são desunidos. Vamos acreditar.
       

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